Ana Castro Osório

23-11-2005

Ana de Castro Osório, nascida a 18 de junho de 1872 em Mangualde, escritora, pedagoga, jornalista, editora, ativista e feminista, despertou desde cedo o interesse pelo jornalismo, chegando a publicar os seus primeiros artigos e crónicas no jornal "Mala Europa", foi também escritora de diversas obras didáticas, romances, novelas, contos e peças infantis, incluindo a coleção de 18 volumes "Para as Crianças" que lhe conferiu um lugar como criadora da literatura infantil em Portugal. Fez parte da geração a qual se pode qualificar como a "primeira vaga" do feminismo em Portugal, sendo uma das suas pioneiras, ficando a sua vida marcada pela intervenção que teve nessas mesmas causas, que marcaram os primeiros tempos da República em Portugal.

Em 1898 casou-se com Francisco Paulino Gomes de Oliveira, republicano assumido. Ana  começou a dedicar-se às causas sociais e políticas, defendendo pela escrita e pela ação a educação e instrução das crianças e das mulheres, a independência económica feminina, a igualdade de direitos entre os dois sexos, o acesso da mulher a diversas profissões, o sufrágio feminino restrito, a igualdade de direitos entre os cônjuges, a lei do divórcio e o direito «a salário igual para trabalho igual».

Em 1905 publicou a edição "As mulheres Portuguesas" vindo esta a ser considerado o primeiro manifesto feminista editado em Portugal. Na sua condição de Feminista convicta e assumida ela dirigiu a partir de 1907 o Grupo Português de Estudos Feministas. A partir de 1908 criou e dirigiu a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, formou a Associação de Propaganda Feminista, que foi na altura a primeira associação de sistema de eleição pelo voto, esta mesma era assente em dois pressupostos: reivindicação do voto feminino e análise dos problemas específicos das mulheres. Através de Ana de Castro Osório esta Associação veio a fazer parte da Internacional Womem Suffrage. Em 1916 veio a exercer um cargo no Governo, sendo nomeada subinspetora do trabalho da 1ª Circunscrição Industrial do Ministério do Trabalho. Tornou-se notório o seu trabalho em prol das crianças mais necessitadas e reivindicou a criação de creches para crianças filhas de mulheres trabalhadoras.

Faleceu a 23 de Março de 1935. Encontra o seu descanso final no jazigo de família número 4814, no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.


Trabalho Realizado por Bruna Rocha, Lara Nascimento, Mariana Faria e Paulo Pinto, alunas/os do 3ºano da licenciatura em Serviço Social da UTAD, 2020/21, com base nas seguintes fontes:

https://www.sibila.pt/biografias/ana_de_castro_osorio.html

https://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-68852015000100018

https://livro.dglab.gov.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=8905

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_de_Castro_Os%C3%B3rio


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