Maria Lamas e "As mulheres do meu país"

22-11-1990

Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas nasceu em 1893 em Torres Novas, Ribatejo e faleceu em 1983 em Lisboa, com 89 anos. Esta foi uma escritora, tradutora, jornalista, e uma das mais conhecidas ativistas políticas feministas.

Esta feminista esteve na linha da frente na luta pela igualdade das mulheres, igualdade esta baseada na educação e na independência económica, através do exercício de uma profissão ou de um ofício. Através do seu trabalho no "Correio da Joaninha", Lamas tinha um diálogo educativo com as suas leitoras, informando estas relativamente aos seus direitos. A luta pela dignificação e a emancipação da mulher, causa que sempre perseguiu, em várias frentes, fez com que se inscrevesse na luta geral pelos direitos humanos. Fez da exigência intelectual uma característica específica do feminismo português, consagrada explicitamente no Programa do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (CNMP), divulgado em 1946.

Em 1930 em parceria com o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e o jornal O Século criou a "Exposição da Obra Feminina, antiga e moderna de carácter literário, artístico e científico", na qual pretendia dar visibilidade ao trabalho das mulheres, de norte a sul do país. Nos anos 40, associou-se ao Movimento de Unidade Democrática e depois ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, onde desenvolveu intensa atividade política e cultural.

Relativamente à sua atividade como escritora esta é considerada extensa e diversificada. O seu livro mais importante, fruto de dois anos de viagens por todo o país é «As Mulheres do Meu País», publicado pela primeira vez em 1948, uma obra de referência, onde colaboraram com ilustrações os mais famosos intelectuais do tempo.

Esteve exilada por diversas vezes, entre 1953 e 1962. Com a revolução do 25 de Abril, Maria Lamas, com 80 anos de idade, foi agraciada e homenageada diversas vezes: tornou-se dirigente do Comité Português para a Paz e Cooperação; diretora honorária da revista Modas & Bordados; presidente de honra do Movimento Democrático de Mulheres; filiou-se oficialmente ao Partido Comunista Português; recebeu a Ordem da Liberdade; foi homenageada pela Assembleia da República e ainda recebeu a Medalha Eugénie Cotton. Atualmente a sua cidade Natal relembra-a e homenageia-a numa pequena intervenção escultórica.


Trabalho realizado por Ana Maia; Carla Martins; Cristiana Magalhães e Diana Madureira - Alunas do 3º ano da Licenciatura em Serviço Social da UTAD 20/21, com base nas seguintes fontes:

https://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xx/maria-lamas-dp16.html#.X6_Facj7S00

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Lamas

https://maislisboa.fcsh.unl.pt/wp-content/uploads/sites/9/2019/05/maria_lamas.jpg

https://lh3.googleusercontent.com/proxy/Yv16RZ5j0o5GcjJocMcYdahAqs6P6t7oZfaly_j2qT9gcRPk4DdyYNILQTCtIw4gamn5x1brqI3ElPKQn9EQrLAgcYJ4nsNvQsmTq4OT-ZEJJLp7LKad8LZZgZhmAyhtzohYj_10qhVDO3QlqzsAL7p2mR1ZNUSU-vo

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