Maria Veleda, livre-pensadora

22-11-2010

Maria Veleda (Maria Carolina Frederico Crispim), viveu entre 1871 e 1955 (84 anos), foi professora, escritora, republicana, livre-pensadora, espiritualista. Sempre se movimentou de forma a conseguir aquilo que sempre achou justo, correto e merecido para a mulher.

Maria Veleda fazia parte de uma família da classe média, muito respeitada no meio social e cultural da capital algarvia. Em 1882, com a morte do pai, a família ficou numa situação económica difícil e, aos quinze anos, Maria Veleda decidiu trabalhar para ganhar a vida pelo próprio esforço, e não ter de sujeitar-se à tutela de ninguém. Maria Veleda, tinha a forte convicção de que a educação era fonte de felicidade individual e coletiva, sendo fator de progresso material, espiritual e impulsionador da transformação social. Para ela, as crianças simbolizavam a esperança e o futuro; instruí-las e educá-las eram as melhores garantias para a reconstrução de um mundo novo. De igual modo, criou cursos noturnos e conferências, empenhando-se na luta contra o sufrágio feminino, escrevendo, criando petições onde defendia que a emancipação feminina dependeria da instrução e da educação, pois só através dela, as mulheres poderiam libertar-se dos preconceitos sociais, participando assim na vida social e politica, preparando-se para uma profissão que lhes garantisse a autonomia económica e o reconhecimento social do seu valor e dos seus direitos, como pessoas e cidadãs. Esta assumindo-se como mãe solteira, criou e educou os dois filhos sozinha, sendo um deles adotado com catorze meses. Maria Veleda, começa a dar os primeiros passos como figura pública movimentando-se no meio da política. Foi uma mulher pioneira na luta pela educação das crianças e pelos direitos das mulheres e na propaganda das ideias republicanas, destacando-se como uma das mais importantes e influentes dirigentes do primeiro movimento feminista português. Tendo sido perseguida, julgada e condenada por abuso de liberdade de imprensa com a publicação do artigo "Carta a Uma Dama Franquista". Foi dirigente da liga republicana das mulheres portuguesas e das revistas "a mulher e as crianças" e a "madrugada" entre 1910 e 1915. Lutou contra a prostituição sobretudo a de menores e o direito de fiança por abuso sexual de crianças convertida ao livre pensamento. Iniciou-se na maçonaria em 1907 e aderiu aos ideais da república onde se tornou oradora dos centros republicanos, escolas liberais, associações operárias e intelectuais, grémios, círios civis e comícios do partido republicano, da junta federal do livre pensamento e da associação promotora do registo civil. Desiludida com a atuação dos governos republicanos abandonou o ativismo político e feminista em 1921. Em suma, esta dedicou a vida às ideias de justiça, liberdade, igualdade e democracia e empenhou-se na construção de uma sociedade melhor, onde todos pudessem ser felizes. 


Trabalho elaborado por João Ferreira, Duarte Sampaio, Marta Daniela, Mónica Freitas e Mª Fé Artilheiro, da turma do 3º ano da Licenciatura em Serviço Social 20/21, com base nas seguintes fontes:

Imagem - disponível em:https://www.google.com.br/search?q=maria+veleda&hl=pt-PT&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjwwN2ctNjsAhXF8OAKHeQrCU8Q_AUoAXoECAQQAw&biw=1280&bih=610, consultada na data de 26 de Outubro de 2020

Monteiro, N. D. C. A. (2004). Maria Veleda (1871-1955). INCOMPLETA

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