Paula da Graça 

19-11-2020

Paula da Graça nasceu em Alenquer, no séc. XVII e faleceu em Lisboa no séc. XVIII, foi uma escritora e defensora das mulheres e ainda foi aia da rainha D. Maria Ana de Áustria. Escreveu o considerado 1º livro feminista "Bondade das mulheres vendicada e Malicia dos Homens", publicado em 1715. Pensa-se que poderá ter utilizado um pseudónimo "L.D.P.G", para conseguir que o livro fosse publicado, uma vez que na época as mulheres não podiam publicar obras literárias. Paula da Graça é considerada a autora do mais antigo escrito impresso.

No livro Bondade das mulheres vendicada e Malicia dos Homens, Paula da Graça vai descrevendo os problemas que as mulheres enfrentam na sociedade: desigualdades no mercado de trabalho; desigualdades salariais; humilhação e opressão das mulheres; femicídios em relações conjugais; ausência de liberdade de escolha, entre outros. Este livro, de acordo com Fina d'Armada, serviu de resposta ao autor do livro "Malícia das Mulheres", que fazia duras críticas às mulheres, ofendendo-as referenciando-as como falsas e interesseiras.

Paula da Graça foi a primeira voz Portuguesa feminina durante o debate Querelle des Femmes, no qual assumiu uma posição a favor da educação das mulheres. A escritora Fina  d´Armada recuperou seus escritos na obra "O livro feminista de 1715", editada por Evolua Edições.

 

Trabalho elaborado por Ana Ferreira, Tânia Esteves, Tatiana Gomes e Mariana Queirós, da turma do 3º ano da Licenciatura em Serviço Social 20/21, com base nas seguintes fontes:

Câncio. (2018). Diário de Notícias. Retrieved from https://www.dn.pt/vida-e-futuro/da-basbaquidade-dos-homens-e-da-bondade-das-mulheres-feministas-portuguesas-de-ha-tres-seculos-9959338.html;

Pereira. . O Livro Feminista de 1715 [Blog post]. Retrieved from https://umarmadeira.blogs.sapo.pt/o-livro-feminista-de-1715-3310 

Prôa, M. (2020). Autoras portuguesas anteriores a 1800 [Gaveta com saber].

Ruiz, B. D. S., & Malato, M. L. (2009). A retórica da mulher em polémicas de folhetos de cordel do século XVIII: os discursos apologéticos de Paula da Graça, Gertrudes Margarida de Jesus, LDPG e outros nomes (quase) anónimos.

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